Pincel da sorte, azar mordido
Esperando o amor teu que não voltou...
Cegueira do vento, beleza da praia
Beleza, tua beleza me encantou
Nas vestes do silêncio vi tem ti quem sou
E eu sou esse cara que escreve teu amor
No beco, na praça, na fuga, no vento bordô
E você é essa moça, que eu canto veloz
Com medo do tempo te juro o amor do que dói
Onda de rosa, veloz velocímetro
Sou a casca da pele, amor de menino
A voz me chama, eu puro vou
Me olha ou volta pra trás
Mas teu vem e vai me sufoca pela fuga que faz
E eu olho pro vento, converso a sós com o silêncio
Me faço verdade no canto da boca que ri
Olha, mulher, não sou o teu capataz
Me pega de jeito ou grita pra mim: "nunca mais!"